Foto: Reprodução
O caso da jovem Natália Knak, que fez um "chá revelação" das traições do marido, no município gaúhco Quinze de Novembro, ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (17). Em vídeo publicado nas redes sociais, a advogada da jovem confirmou que é real o processo judicial movido contra Natália e sua tia, com um pedido de indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil. A ação foi apresentada por Rafael Schemmer, ex-companheiro da jovem, após o vídeo que ficou conhecido como o "chá-revelação das traições" viralizar em todo o país.
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De acordo com a advogada, o processo também inclui o pedido de pagamento de R$ 0,01 por visualização do vídeo em todas as plataformas e até em grupos de WhatsApp.
— Já tinha sido noticiado na Folha de São Paulo o início de um processo de danos morais pedindo R$ 100 mil contra a Natália. A gente escolheu não se manifestar até ter acesso ao processo. E de fato tivemos acesso ao processo hoje à tarde, e é verdade. Foi feito o pedido de danos morais contra a Natália e contra a tia dela, que era dona do celular onde foi gravado o vídeo, no valor de R$ 100 mil contra as duas. Também foi solicitado um centavo de real a cada visualização do vídeo em todas as plataformas onde ele estivesse, inclusive em grupos de WhatsApp, o que é um pouquinho difícil de calcular — afirmou a advogada.
Ainda segundo ela, foi solicitada também a proibição de manifestações públicas por parte de Natália, com multa diária em caso de descumprimento:
— Também foi solicitado a proibição da Natália de se manifestar sobre o assunto ou publicar vídeos e o pedido de uma multa diária de R$ mil caso ela se manifestasse. Esses pedidos não foram aceitos pelo juiz até o momento. Já teve uma decisão liminar, aquela decisão que acontece bem no iníciozinho do processo. O juiz negou até o momento todos esses pedidos e abriu prazo para a defesa, que é o que a gente está elaborando no momento.
A advogada também reforçou que a equipe jurídica está atuando com responsabilidade diante da situação e com foco no bem-estar de Natália, que está grávida:
— Estamos trabalhando na defesa técnica e cuidadosa, respeitando as partes e, principalmente, a Natália, que está grávida e merece cuidado, não ataques.
Relembre o caso
O caso veio à tona quando um vídeo de um chá revelação começou a circular por grupos de WhatsApp e redes sociais. Na ocasião, Natália Knak, grávida, expôs uma série de traições cometidas pelo então companheiro, Rafael Schemmer. Durante o vídeo, ela leu em voz alta mensagens trocadas entre o parceiro e diversas mulheres, incluindo o nome de algumas delas, o que gerou grande repercussão, críticas e também apoio.
Natália afirmou que não publicou o vídeo em seu perfil e que tem enfrentado o uso indevido da sua imagem em contas falsas. Em vídeo publicado no Instagram, ela agradeceu o apoio e se colocou à disposição para criar uma rede de apoio a mulheres que enfrentam situações semelhantes.
— Desejo colocar meu Instagram à disposição de todas as mulheres que passam ou já passaram pela mesma situação. Não desejo falar do meu caso ou dar instruções, mas quero que sejamos uma rede de apoio para todas as mulheres que buscam coragem e não aceitam caladas a falta de amor e respeito dentro de casa — escreveu.
O que dizem os envolvidos
Em comunicado enviado à imprensa, Rafael Schemmer declarou que a situação fugiu do controle e que ambos os lados foram afetados com a repercussão. Segundo ele, o objetivo é buscar uma resolução com respeito e equilíbrio, especialmente por conta das duas crianças que estão sendo geradas.
— A situação é frágil. As emoções estão à flor da pele. E cada nova exposição, cada nova especulação, só aprofunda as feridas. O que mais importa agora é que ambos os lados possam seguir em frente — afirmou.
Especialistas ouvidos pelo Diário alertam que, embora o adultério não seja mais crime no Brasil, a divulgação pública de mensagens e a exposição de nomes podem configurar difamação, passível de punição com detenção e multa. Quando ocorre por meio das redes sociais, a pena pode ser triplicada.
A defesa de Natália prepara agora a resposta jurídica no processo, ao mesmo tempo em que atua para derrubar as contas falsas que continuam explorando o caso de forma indevida.
